Você conhece o Pecado da complacência?
Escrito e enviado por Cláudio França, Autor do livro Senhor, Salva-me. Equipe Deseret Connect speeches.
A Complacência Excessiva – O Silêncio que Enfraquece.
“Ai dos que estão à vontade em Sião, e dos que estão seguros no monte de Samaria…”
Amós 6:1
O PERIGO DO SILÊNCIO CONFORTÁVEL
Queridos irmãos e irmãs,
Há um perigo silencioso que ameaça não apenas indivíduos, mas famílias, quóruns, alas e até estacas inteiras: a complacência excessiva.
Vivemos em uma época em que muitos confundem paz com passividade, e harmonia com omissão. Chamamos de amor aquilo que muitas vezes é apenas medo de corrigir. Quantos de nós já pensamos:
– "Não vou falar nada para não criar um clima."
– "Melhor deixar como está do que me indispor."
Mas será que essa é a paz que o Salvador nos ensinou?
Ele disse:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá".
João 14:27
A paz de Cristo não é a paz do silêncio diante do erro. Ela nasce da verdade, da retidão e da coragem espiritual.
O QUE É COMPLACÊNCIA
EXCESSIVA?
A complacência é a aceitação desmedida do estado atual das coisas, a inação diante de problemas, a falta de questionamento do que está errado.
– No lar: quando aceitamos um padrão espiritual cada vez mais raso, para não "incomodar" ninguém.
– Na Igreja: quando deixamos de ensinar doutrinas claras, para evitar críticas.
– Em nossas vidas pessoais: quando silenciamos a consciência, para manter um falso conforto.
Uma escritura nos lembra que a Igreja é
"a única verdadeira e viva sobre a face de toda a terra". Mas uma Igreja viva não pode ser uma Igreja passiva.
Doutrina e Convênios 1:30
EXEMPLOS DE COMPLACÊNCIA NAS ESCRITURAS -
1. Eli e seus filhos (1 Samuel 3:13)
“O Senhor disse: Porque já lhe fiz saber que julgarei a sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia; porque os seus filhos se fizeram execráveis, e ele os não repreendeu.”
A complacência de Eli custou o sacerdócio de sua linhagem.
2. O povo de Jerusalém nos dias de Leí (1 Néfi 1:19–20)
Eles rejeitaram os profetas que os advertiam, porque era mais fácil ignorar o alerta do que mudar. Resultado: destruição e cativeiro.
3. O Salvador no templo (Mateus 21:12–13)
Ele não entrou suavemente, não pediu por favor. Ele purificou a casa de Seu Pai.
“A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.”
AS CONSEQUÊNCIAS DA COMPLACÊNCIA -
– Ela corrompe a autoridade espiritual, pois onde não há coragem, não há confiança.
– Ela perpetua o pecado, porque o que não é confrontado cresce nas sombras.
– Ela afasta o Espírito, pois o Espírito Santo testifica da verdade, não da omissão.
Lembremos o que está em 2 Néfi 28:21:
“E outros ele pacificará e lisonjeará, dizendo-lhes: Tudo está bem em Sião; sim, Sião prospera, tudo está bem – e assim o diabo engana suas almas e os conduz cuidadosamente para o inferno.”
Essa é a armadilha: a sensação de que "está tudo bem" enquanto o inimigo avança.
POR QUE LÍDERES E PAIS CAEM NA COMPLACÊNCIA?
1. Medo de perder aceitação – Temem não serem amados se forem firmes.
2. Cansaço espiritual – Corrigir exige energia, oração e perseverança.
3. Falta de visão eterna – Olham o presente, esquecendo o juízo vindouro.
O Senhor advertiu em Doutrina e Convênios 60:2:
“Mas, com algumas, não estou bem; porque se recusaram a abrir a boca, não ocultando os talentos que lhes dei, por medo do homem.”
CHAMADO À AÇÃO: COMO ROMPER A COMPLACÊNCIA
1. Buscar revelação constante (Tiago 1:5)
Líderes que oram não lideram pelo medo; lideram pelo Espírito.
2. Corrigir com firmeza e amor (Doutrina e Convênios 121:43)
“Repreendendo-se prontamente com firmeza, quando movidos pelo Espírito Santo; e em seguida mostrando depois um aumento de amor…”
3. Ser exemplo de coragem espiritual (Josué 1:9)
Não podemos exigir o que não vivemos.
PERGUNTAS PARA PROFUNDA REFLEXÃO
– Será que tenho chamado de paciência aquilo que é apenas omissão?– Quantas oportunidades de ensinar a verdade deixei passar por medo?
– Se o Salvador entrasse hoje na minha casa, ou na minha liderança, Ele a encontraria fervorosa ou apenas confortável?
CONCLUSÃO: O CHAMADO É HOJE
Irmãos e irmãs, a complacência não é um gesto neutro: ela é uma decisão silenciosa que custa progresso, confiança e, muitas vezes, almas. Cristo não foi crucificado porque foi complacente; Ele foi crucificado porque foi corajoso, verdadeiro e inabalável.Como líderes, pais, professores e discípulos, somos chamados a amar o suficiente para corrigir, a acreditar o suficiente para agir e a confiar o suficiente para suportar a oposição.
Lembremo-nos do que Ele disse em Apocalipse 3:19:
“Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.”
Que não sejamos os líderes que mantêm a paz da superfície, mas os discípulos que constroem a paz eterna.
Cláudio França é escritor, autor do livro Senhor Salva-me, mentor e consultor financeiro. Casado com Andreza França, dedica-se a inspirar vidas por meio de sua obras e ensinamentos.
Membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, une sua experiência profissional e princípios de fé para ajudar pessoas a alcançarem crescimento espiritual e prosperidade financeira.
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